A Prefeitura de São Bento do Trairí, como todos os municípios do país, vem passando por uma grave crise financeira ao longo deste ano, mas mesmo assim, a administração vem conseguindo cumprir seu compromisso com a população e com seus servidores, pagando seus salários em dia, ao contrário do que vem acontecendo com muitas outras prefeituras que foram obrigadas a tomar medidas drásticas no decorrer do ano, para conter os gastos públicos.
Mas neste final de ano, a situação ficou insustentável e, mesmo a contra-gosto, a prefeita Luna Kaly se ver obrigada a tomar algumas medidas enérgicas.
 A partir do 1° de janeiro, serão exonerados todos os comissionados, ficando apenas os cargos dos agentes políticos autorizados pela Câmara de Vereadores, e aqueles que são necessários para o pleno funcionamento do poder executivo.
No próximo dia 31 de dezembro, se encerram automaticamente todos os contratos dos servidores contratados.
Vários são os motivos que levaram a administração a chegar a essa decisão. As quedas mensais no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi um deles, realidade bastante divulgada  ao longo dos anos.
O repasse do INSS é outro agravante. "Nos meses que estávamos com o nosso contas a pagar alto, tínhamos o direito de parcelar o INSS, e assim fazíamos para poder cumprir com os nossos compromissos. No mês de outubro, recebemos um ofício da Receita Federal, comunicando que não podíamos mais parcelar, inviabilizado assim, o cumprimento das nossas obrigações com os fornecedores", esclarece a prefeita.
Em Dezembro, o município recebeu um FPM extra, que ajudou a pagar o restante do 13°salário dos efetivos; o 13° dos cargos comissionados; e os salários do mês de novembro dos comissionados e contratados. "O pagamento desses salários nos deixou, infelizmente, sem condições de repassar à Receita Federal os valores do INSS, acumulando assim, dois repasses no único mês: a competência do 13º salário e a competência do mês novembro. Temos até o dia 20 para fazer este repasse", disse a prefeita.
Diante da atual situação e para manter os serviços essenciais - principalmente nas áreas da Saúde, Educação e Limpeza Urbana - a gestão resolveu reduzir o quadro de funcionários. "Quero que fique bem claro que essa medida não é da nossa vontade, mas não temos condições de continuar com o número de funcionários hoje existente. Seria inadmissível e injusto a pessoa trabalhar e não receber seu salário no final do mês. Peço a compreensão de todos neste momento difícil que o nosso município está passando. Espero que, em breve, toda essa situação seja regularizada", concluiu a gestora.

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário